terça-feira, 17 de agosto de 2010

Principais doencas emergentes e reemérgentes

Com a evolução tecnológica na área de saúde, esperava-se que doenças infecciosas transmissíveis, como dengue e hanseníase, tivessem reduzida sua importância como causa de morbidade e mortalidade da população. Gradativamente, agravos de natureza infecciosa seriam substituídos por doenças crônicas não-transmissíveis e causas externas, no cenário epidemiológico, completando a chamada transição epidemiológica. Apesar do Brasil ter experimentado esta mudança no seu perfil de mortalidade, as patologias infecciosas continuaram a representar um importante fator de morbidade, sobretudo, pela emergência e reemergência de doenças. Com o advento da aids no início da década de 80 - doença causada por um vírus novo - associado ao ressurgimento da tuberculose, consolidam-se os conceitos de doença emergente e reemergente.

Em linhas gerais, doenças emergentes são doenças novas, desconhecidas da população. São causadas por vírus ou bactéria nunca antes descritos ou por mutação de um vírus já existente. Também é possível que sejam causadas por um agente que só atingia animais, e que agora afeta também seres humanos. Dentro desse conceito, a Aids aparece como a mais importante doença emergente. Até o início da década de 80, era completamente desconhecida no mundo.

O termo emergente também pode ser utilizado para descrever quando uma doença atinge uma região antes indene, ou seja, onde até então nunca tinha sido detectado caso da moléstia. Um exemplo claro é o da hantavirose. Em 2004 foram notificados 30 casos da doença no Distrito Federal. A hantavirose já tinha sido detectada em outros estados do país, como em São Paulo e Paraná, mas nunca no DF.

Já as doenças reemergentes são aquelas já conhecidas e que foram controladas, mas voltaram a apresentar ameaça para a saúde humana. A dengue entra nesse conceito. Até a reintrodução do Aedes aegipyti no país, em 1967, a dengue chegou a ser considerada erradicada. Porém, depois foi registrada uma série de surtos, o maior deles em 2002, quando foram notificados quase 800 mil casos da doença.

O mais recente conceito, elaborado pelo Instituto de Medicina (EUA), em 2003, define como emergente e reemergente - doença infecciosa clinicamente distinta, que tenha sido recentemente reconhecida, ou uma doença conhecida cuja incidência esteja aumentando em um dado lugar ou entre uma população específica-. Ainda que este conceito tenha traduzido de forma mais precisa que outras definições já utilizadas na saúde, ainda não consegue definir absolutamente. É preciso levar em consideração fatores específicos de cada doença e o local onde ela aparece.
fonte:www.saude.gov.br

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