terça-feira, 17 de agosto de 2010

Principais doencas emergentes e reemérgentes

Com a evolução tecnológica na área de saúde, esperava-se que doenças infecciosas transmissíveis, como dengue e hanseníase, tivessem reduzida sua importância como causa de morbidade e mortalidade da população. Gradativamente, agravos de natureza infecciosa seriam substituídos por doenças crônicas não-transmissíveis e causas externas, no cenário epidemiológico, completando a chamada transição epidemiológica. Apesar do Brasil ter experimentado esta mudança no seu perfil de mortalidade, as patologias infecciosas continuaram a representar um importante fator de morbidade, sobretudo, pela emergência e reemergência de doenças. Com o advento da aids no início da década de 80 - doença causada por um vírus novo - associado ao ressurgimento da tuberculose, consolidam-se os conceitos de doença emergente e reemergente.

Em linhas gerais, doenças emergentes são doenças novas, desconhecidas da população. São causadas por vírus ou bactéria nunca antes descritos ou por mutação de um vírus já existente. Também é possível que sejam causadas por um agente que só atingia animais, e que agora afeta também seres humanos. Dentro desse conceito, a Aids aparece como a mais importante doença emergente. Até o início da década de 80, era completamente desconhecida no mundo.

O termo emergente também pode ser utilizado para descrever quando uma doença atinge uma região antes indene, ou seja, onde até então nunca tinha sido detectado caso da moléstia. Um exemplo claro é o da hantavirose. Em 2004 foram notificados 30 casos da doença no Distrito Federal. A hantavirose já tinha sido detectada em outros estados do país, como em São Paulo e Paraná, mas nunca no DF.

Já as doenças reemergentes são aquelas já conhecidas e que foram controladas, mas voltaram a apresentar ameaça para a saúde humana. A dengue entra nesse conceito. Até a reintrodução do Aedes aegipyti no país, em 1967, a dengue chegou a ser considerada erradicada. Porém, depois foi registrada uma série de surtos, o maior deles em 2002, quando foram notificados quase 800 mil casos da doença.

O mais recente conceito, elaborado pelo Instituto de Medicina (EUA), em 2003, define como emergente e reemergente - doença infecciosa clinicamente distinta, que tenha sido recentemente reconhecida, ou uma doença conhecida cuja incidência esteja aumentando em um dado lugar ou entre uma população específica-. Ainda que este conceito tenha traduzido de forma mais precisa que outras definições já utilizadas na saúde, ainda não consegue definir absolutamente. É preciso levar em consideração fatores específicos de cada doença e o local onde ela aparece.
fonte:www.saude.gov.br

Mantendo a doa saúde


Como manter uma boa saúde


A definição no dicionário é clara: saúde é o estado de boa disposição física e psíquica, bem-estar. Doença é o que vem romper essa disposição, abalar o ser humano.

Quando o corpo adoece precisa de cuidados especiais. Quanto mais rápida a doença é diagnosticada, mais fácil e rápida será também a recuperação. Por isso é errado o hábito que muitas pessoas têm de deixar os sintomas acumularem e, só quando fica impossível suportar, procuram auxílio médico.

Um dos principais sintomas da doença é a dor. Ela é o alarme do corpo para demonstrar que algo não vai bem. Sua intensidade costuma funcionar como termômetro do grau de intensidade da doença.

Por mais desagradável que seja, a dor tem seu lado benéfico, que é avisar quando uma doença está chegando. Sem a dor, o ser humano dificilmente teria como notar que há algo de errado com seu corpo.

A medicina foi uma das ciências que mais sofreu avanços nos últimos anos e tem caminhado para uma tendência muito positiva: a prevenção. A medicina preventiva trata não do corpo doente, mas do corpo são para evitar que ele adoeça.

Muitas doenças podem ser evitadas ou amenizadas com cuidados preventivos, e logo nos primeiros sintomas. Mas isso não significa desesperar-se ao primeiro espirro, por exemplo. O ideal é estar sempre atento aos sinais do corpo.

Quando ele avisar que está doente, procurar logo um médico.
Há vários tipos de doenças. As mais graves geralmente necessitam de tratamento por muito tempo, às vezes exigem até acompanhamento por toda a vida. E têm as mais simples, as quase rotineiras: um pequeno resfriado, uma leve dor de cabeça. Existem também as doenças do mundo moderno, resultado de nervosismo, correria, má alimentação. Essas têm se tornado cada vez mais freqüentes e seu tratamento nem sempre é fácil, porque muitas vezes implica em mudança de hábitos bastante arraigados.

Doenças leves, complicadas ou graves.
O fato é que ninguém gosta de ficar doente.

fonte:

com evitar os alérgenos da poeira

Todas as alergias são desencadeadas por substâncias chamadas alérgenos. A cada ano, nas regiões de clima temperado, milhões de pessoas sofrem de alergia sazonal (que depende de uma época do ano) como congestão, coceira e hipersecreção nasais, assim como prurido (coceira) nos olhos, com lacrimejamento. No entanto, muitos outros sofrem de alergias permanentes, que resultam em sintomas durante todo o ano. As alergias permanentes são desencadeadas por alérgenos encontrados dentro de casa, incluindo os ácaros da poeira (e suas fezes), a caspa de animais, baratas e mofo.
Controlando os ácaros da poeira
A poeira doméstica é composta de pequenas partículas de materiais vegetais e animais. Nessa mistura vivem animais microscópicos chamados ácaros da poeira. As fezes desses animais é a causa mais comum da alergia permanente e seus sintomas.

Os ácaros da poeira são encontrados por toda a casa, mas vivem especialmente nas áreas mais úmidas e nas áreas onde existe caspa humana (pequenos flocos de pele descamada). Os sintomas da alergia a ácaros incluem congestão nasal, coriza, espirros (principalmente na manhã), coceira nos olhos, lacrimejamento, tosse e chiados no peito.

Para reduzir o número de ácaros, é importante manter a umidade relativa do ar em toda a casa abaixo de 50%, usando um desumidificador ou mesmo o ar condicionado. O carpete deve ser retirado, especialmente aquele que é colocado sobre chão de concreto. Os pisos preferidos são os de madeira-de-lei, cerâmica ou fórmica. Tapetes laváveis também podem ser usados, caso sejam regularmente lavados em água quente ou a seco.

Como as pessoas passam mais tempo no quarto de dormir que em outros aposentos, é essencial reduzir os níveis de ácaros neste local. Encape colchões e travesseiros em plásticos fechados por zíper ou com material especial à prova de alérgenos, encontrado em lojas especializadas. As roupas de cama devem ser lavadas semanalmente em água quente (55° C) e deixadas secar num secador de ar quente. Almofadas e travesseiros feitos de material natural como penas, plumas ou algodão devem ser substituídos por outros feitos de material sintético, ou então, envolvidos por material anti-alérgico.


ácaro domiciliar

O ideal é que as paredes dos cômodos sejam lisas e que os objetos que possam reter poeira fiquem em gavetas ou armários fechados. Evite usar o quarto onde dorme como biblioteca ou local de estudo. A aspiração semanal do pó pode ajudar a retirar um pouco dos ácaros. Os alérgicos devem usar um aspirador com um filtro HEPA (de alta eficiência para partículas) ou com bolsa dupla de retenção de poeira, pois o uso do aspirador comum espalha poeira no ambiente. Devem também usar uma máscara contra poeira quando a limpeza estiver sendo feita.

Controlando a caspa dos animais
Ao contrário do que se pensa, as pessoas não são alérgicas ao pelo dos animais, mas sim a proteínas encontradas na saliva, na caspa (flocos de pele morta descamada) ou urina. Essas proteínas são carregadas pelo ar como partículas muito pequenas, invisíveis, que pousam no revestimento dos olhos ou nariz, ou mesmo são inaladas diretamente para dentro dos pulmões. Os sintomas de alergia a um animal incluem espirros, nariz com coceira e hipersecreção, e olhos e garganta inchados e coçando. Uma coceira da pele ou uma urticária (placa vermelha e alta) podem também resultar do contato com um animal ao qual você é alérgico. Geralmente os sintomas começam rapidamente, às vezes minutos após a exposição ao animal. Para outras pessoas, no entanto, os sintomas vão crescendo e se tornando mais intensos 8 a 12 horas após o contato com o animal.

Um gato ou um cachorro produz uma certa quantidade de alérgeno por semana e essa quantidade pode variar de animal a animal. Todas as raças são capazes de desencadear os sintomas — não há raças "hipoalergênicas" de cães ou gatos. Os que são muito alérgicos podem mesmo apresentar reações em lugares públicos pela caspa transportada pela roupa de um dono de animal.

A maneira mais eficaz de combater os sintomas da alergia a animal é removê-lo de casa, evitando qualquer contato. Manter o animal fora de casa, por exemplo num jardim, é apenas uma solução parcial, pois as casas com animais no jardim ainda possuem concentrações razoavelmente altas dos alérgenos. Antes de passar a ter um animal em casa, passe um tempo junto ao cachorro ou gato de alguém para saber se você é alérgico. Se você já tem um animal ao qual você ou alguém da família é alérgico, tente deixá-lo com um parente ou amigo não alérgico que cuide dele. Apesar dessa separação poder ser difícil, é o melhor para a sua saúde ou de seu familiar alérgico. Você pode ainda considerar bichinhos como tartarugas, peixes, e outros animais sem pelos ou penas.

Se você não pode evitar a exposição ao animal que causa seus sintomas alérgicos, tente minimizar o contato. Mais importante, mantenha o animal fora do quarto de dormir ou de outros aposentos onde os alérgicos passam a maior parte do tempo. Alguns estudos demonstraram que o banho (semanal) de cães e gatos pode reduzir a quantidade de alérgenos em casa. Este ponto, no entanto, permanece controverso. Se você pretende lavar o seu animal regularmente, consulte o veterinário quanto aos cuidados para que não haja ressecamento excessivo da pele do animal. Além disso, peça a um membro não alérgico da família que escove o animal fora de casa, para remover os pelos e alérgenos soltos. A caspa e a saliva são as fontes de alérgenos em cães e gatos, mas a urina é a fonte de alérgenos de coelhos, hamsters e porquinhos-da-índia; peça a um membro não alérgico da família para limpar a gaiola do animal.

Os alérgenos dos animais podem se acumular em qualquer superfície horizontal e, mesmo, vertical da casa. Os colchões e almofadas devem ser encapados com plástico (capas com zíper) para prevenir a liberação de alergenos. A aspiração do pó não é eficaz em diminuir os alérgenos dos animais, pois não limpa os níveis mais profundos dos carpetes e tapetes. Na verdade, ela pode dispersar no ar pequenas partículas de alérgenos, que acabam não sendo aspiradas. O uso de um aspirador com filtro HEPA ou bolsas duplas pode ajudar. Do mesmo modo que com os ácaros, a melhor solução para o chão é madeira-de-lei, cerâmica ou fórmica.

Substitua as roupas de cama que possuam caspa animal nelas. Pode levar semanas ou meses até que os tecidos fiquem realmente limpos dos alérgenos, e os alérgenos de animais podem persistir por um ano ou mais, após a retirada do animal de casa.

Controlando as baratas
As baratas existem por mais de 300 milhões de anos. A maioria delas vive em climas quentes e tropicais, mas várias espécies convivem com os homens em suas casas e escritórios.

As baratas não são apenas um visitante malquisto em casa — uma proteína presente em suas fezes é um fator importante no desencadeamento de crises de asma, especialmente para crianças que vivem nos bairros mais pobres e densamente povoados das cidades. Para reduzir os sintomas da asma é importante eliminar as baratas.

Bloqueie os locais por onde as baratas poderiam entrar em casa, incluindo rachaduras, fendas nas paredes, janelas, brechas no chão e móveis de madeira, ralos, etc. As baratas precisam de água para sobreviver e só vivem em ambientes sob alta umidade. Conserte e vede todas as torneiras e canos que estejam vazando. Você também deverá solicitar uma dedetização feita por um profissional, a ser feita quando não houver ninguém da família (nem animais) em casa, para eliminar as baratas que restarem.

As baratas se sentem menos à vontade numa casa limpa e seca. Para evitar que elas retornem, mantenha os alimentos em recipientes bem vedados, e lave (ou leve para fora de casa) os pratos onde os animais de estimação acabaram de comer. Aspire e varra o chão após as refeições, e retire freqüentemente de casa o lixo acumulado. Use na cozinha cestinhas de lixo cobertas. Lave imediatamente os pratos após seu uso com detergente e água quente; não se esqueça de limpar as áreas debaixo de fogões, geladeiras, forninhos ou tostadeiras, onde se acumulam farelos e migalhas. Limpe regularmente a superfície do fogão e de armários, assim como outras superfícies na cozinha.

Controlando o mofo de dentro de casa
Mofos e bolores existem em áreas da casa que tenham alta umidade, como janelas de banheiros ou locais onde existam vazamentos. Esses fungos disseminam pequenos esporos que podem desencadear crises alérgicas.

Felizmente esses fungos são facilmente eliminados uma vez descobertos. Use uma solução contendo 5% de hipoclorito (água sanitária) e uma pequena quantidade de detergente. Se o mofo for visível no carpete ou papel de parede, remova esses itens de sua casa. Conserte prontamente qualquer vazamento que exista. Nunca coloque carpete em chãos de concreto ou úmidos, e evite guardar roupas, papéis e outros ítens em locais úmidos.

O uso de desumidificadores geralmente consegue controlar a umidade por toda a casa. Esvazie a água dos desumidificadores e limpe a aparelhagem regularmente para impedir que apareçam bolores. Todos os aposentos, especialmente banheiros e cozinhas, precisam de boa ventilação e limpeza constante para impedir o crescimento de fungos.

Dicas adicionais
Manter as janelas abertas, ainda que tentador, nem sempre é boa solução - pode trazer para dentro de casa alérgenos externos como esporos de mofo e polens. Nesses casos, use ar condicionado para limpar, recircular e desumidificar o ar de casa.

Os alérgenos

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Nome de Usuário Os alérgenos
A alergia ao trigo
Embora esta alergia esteja em forte progressão, à prevalência desta alergia é menor em comparação a alergia ao leite ou ovo, sendo mais freqüente em crianças do que em adultos.



A alergia ao leite de vaca
A alergia às proteínas do leite de vaca (APLV) atinge essencialmente as crianças (13% das alergias alimentares em crianças contra 5,4% em adultos).




A alergia ao ovo
A alergia ao ovo é uma alergia dominante em lactentes de 0 a 6 meses. Aproximadamente 75% das crianças nesta faixa etária são atingidas, e quando associada ao leite, representam 100% dos casos de alergia.


A alergia a amendoim
A alergia a amendoin representa hoje a segunda alergia alimentar no mundo. Trata-se de um fenômeno relativamente recente que atinge principalmente a criança e o jovem adulto. Diferentemente da alergia ao ovo ou ao leite, a alergia ao amendoim é duradoura.

A alergia a soja
Apesar do progresso da soja no mundo, a alergia correspondente permanece ainda fraca. Entretanto, os especialistas temem um desenvolvimento de alergia alimentar nos próximos anos.


Os outros alérgenos alimentares
As proteínas do leite de vaca, o ovo, o trigo, o amendoim, a soja fazem parte dos principais alérgenos alimentares. Entretanto, a lista não para aí. De fato, nove outros alérgenos maiores foram identificados e são assim de declaração obrigatória: os sulfitos, moluscos, crustáceos, frutas com casca, mostarda, gergelim, tremoço, peixes e o salsão.



FONTE:www.cmwsaude.com.br

A Hipertensão


O QUE É HIPERTENSÃO?

É uma doença de múltiplas causas, caracterizada pelo aumento mantido dos valores da pressão arterial. Valores de 14 por 9, mesmo que a pessoa esteja calma e em repouso, já podem ser considerados anormais.



O QUE ACONTECE NO ORGANISMO DE UM HIPERTENSO?

Suas artérias ficam apertadas e dificultam a passagem do sangue, razão pela qual o coração precisa exercer uma pressão maior para bombeá-lo.



QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

A maioria das pessoas que tem hipertensão não apresenta sintomas. Quando presente, porém, podem manifestar-se como dor de cabeça, sangramento nasal, tonturas e zumbidos no ouvido. Outros como palpitação, dor no peito, falta de ar, inchaço, alterações visuais, perda de memória e de equilíbrio, palidez, problemas urinários e dores nas pernas demonstram que os órgãos alvo da doença podem estar comprometidos. Nestes casos, convém procurar um médico imediatamente.



QUAIS SÃO AS CAUSAS DA DOENÇA?

Em 90 a 905 dos casos não há uma causa conhecida para a hipertensão. Mas, eventualmente, problemas endócrinos e renais, gravidez, uso freqüente de alguns medicamentos (anticoncepcionais, descongestionantes nasais, antidepressivos, corticóides e moderadores de apetite) de cocaína, bem como doenças neurológicas, podem ser causas de hipertensão arterial.

O Câncer

O que é o câncer?

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.

Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.


Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma.

Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases).

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sociedades e as cultura África



Para compreendermos a cultura material das sociedades africanas, a primeira questão que se impõe é a imagem que até hoje perdura da África, como se até sua "descoberta", fosse esse continente perdido na obscuridade dos primórdios da civilização, em plena barbárie, numa luta entre Homem e Natureza.

De fato, a história dos povos africanos é a mesma de toda humanidade: a da sobrevivência material, mas também espiritual, intelectual e artística, o que ficou à margem da compreensão nas bases do pensamento ocidental, como se a reflexão entre Homem e Cultura fosse seu atributo exclusivo, e como se Natureza e Cultura fossem fatores antagônicos.

E é isso que fez com que a distorção da imagem do continente africano, atingisse também os povos que ali habitavam. De acordo com as ciências do século XIX, inspiradas no evolucionismo biológico de Charles Darwin, povos como os africanos estariam num estágio cultural e histórico correspondente aos ancestrais da Humanidade. Dotados do alfabeto como instrumento de dominação não apenas cultural, mas econômica também, os europeus estavam em busca de suas origens, sentindo-se no vértice da pirâmide do desenvolvimento humano e da História. Vem daí as relações estabelecidas entre Raça e Cultura, corroborando com essa distorção.

Por isso, a história da África, pelo menos antes do contato com o mundo ocidental, em particular antes da colonização, não pode ser compreendida tomando-se como referência a organização dominante adotada pelas sociedades ocidentais. Normalmente fica no esquecimento, dado ao fato colonial, que não existe uma África anterior, a que se convencionou chamar África tradicional, diversa e independente, com suas particularidades sociais, econômicas e culturais.

As sociedades ocidentais, assim chamadas por oposição às não-ocidentais (não-européias), se estruturaram fundamentalmente sob o modo de produção capitalista. Além disso, o modo de produção dominante (não existe apenas um) numa sociedade pode nos dizer muito sobre a vida dessa sociedade, mas certamente não comporta explicações de todas as dimensões de como os homens que a constituem compreendem sua vida e modelam sua existência.

A degeneração da imagem das sociedades africanas, de suas ciências, e de seus produtos é resultado do projeto do Capitalismo, que difundiu a idéia de que o continente africano é tórrido e cheio de tribos perdidas na História e na Civilização. É resultado também do etnocentrismo das ciências européias do século XIX. É necessário, pois, ver de que História e de que Civilização se trata. E do ponto de vista histórico-econômico, o imperialismo colonial na África é meio e produto do Capital, uma das grandes invenções que vem desde a era dos Descobrimentos reforçada ainda mais pela consolidação do Liberalismo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Divercidade e grandes realizações Áfricanas



Podemos considerar uma savana, a vegetação que é composta por gramíneas e arbustos, ela é bem resistente ao fogo, pois as gramíneas contêm folhas bem compridas que aproveitam as chuvas e seus caules que são bem resistentes à seca.



Existem quatro tipos de savana:

- Savana arborizada: a quantidade de árvores é bastante expressiva.

- Savana arbórea: as árvores ficam de maneiras esparsas.

- Savana arbustiva: não há árvores, mais sim arbustos.

- Savana herbácea: possuem vegetais do tipo gramíneas.

Todas as árvores das savanas contêm troncos grossos e duros, apresentam também uma copa achatada. Algumas guardam água em seus troncos inchados.
Organizações sociais africanas:
Diversidade e grandes realizações


Paisagens e sociedades


A África é considerado o terceiro maior continente em extensão, cerca de 75% de seu território está localizado na faixa intertropical do globo, ou seja, entre o trópico de Câncer, ao norte, e o trópico de Capricórnio, ao sul. Essa característica faz com que seja o continente mais tropical do mundo, apresentando temperaturas muito elevadas. O continente africano é cortado pela linha do equador em sua parte central, ficando com terras igualmente distribuídas pelos hemisférios norte e sul.O território africano é banhado ao norte pelo mar Mediterrâneo, ao sul pela junção dos oceanos Índico e Atlântico, a leste pelo mar Vermelho e o oceano Índico e a oeste pelo Atlântico.




Na África do Sul, convivem - em harmonia - o fascinante mundo selvagem, com suas savanas, florestas, praias deslumbrantes, beleza natural incomparável e um notável progresso alcançado, com modernas arquiteturas, museus, shoppings, restaurantes e hotéis de alto padrão; tudo rodeado por um rico patrimônio cultural.

Banhada pelo Oceano Atlântico na costa oeste e pelo Oceano Índico na costa leste, a África do Sul faz fronteiras com Moçambique, Zimbabwe, Botswana e Namíbia.

O país possui três capitais: uma executiva (Pretoria), uma legislativa (Cape Town) e uma judiciária (Bloemfontein), oferecendo 11 línguas como idiomas oficiais, sendo que o inglês é o mais falado e é o idioma adotado pelo governo sul-africano.


África do Sul: diversidade cultural, étnica e aventureira

1 2 3 4 5 6 7 8 Nove províncias formam o território da África do Sul, país que atrai os olhares de todo mundo neste ano de 2010 por conta da Copa do Mundo. Além das belezas naturais e diversidades, o país oferece uma grande variedade também para o turismo de aventura.
Ao se tratar do continente africano, a primeira idéia que se remete são os desertos e os safáris. Em Limpopo, o destaque fica para o Kruger Park, o maior Parque Nacional do país, que proporciona aos turistas rotas preferidas para os safáris que trazem a vida selvagem da região. Adrenalina mesmo fica por conta de Eastern Cape: Bloukrans Bridge, sobre o rio Storm, abriga um dos mais altos bunge-jump do mundo, com 180 metros, a 193 km/h, exatos sete segundos de pura emoção.

Para quem busca mais emoção e adrenalina, o destino certo é Mpumalanga, a capital sul-africana dos esportes radicais e de aventura. Na Reserva Natural Canyon Blyde River, as paisagens, rios, cânions e montanhas formam o cenário perfeito para a prática de caminhadas, cavalgadas, mountain bike, pesca, paraquedismo, rafting e canyoning. Em Waterval Boven, o destaque fica para a prática de montanhismo e rapel, nas mais variadas formações rochosas.

Em busca de esportes náuticos e muito mergulho, as províncias de Kwazulu Natal e Western Cape são as dicas. Em Western Cape encontra-se a Cidade do Cabo e o Cabo da Boa Esperança/ Cabo das Tormentas, locais ideais para velejar na costa e realizar mergulho em naufrágios. Outro bom ponto para o mergulho fica na Baía de Sodwana (Kwazulu), pela variedade


MITOS DOS NEGROS AFRICANOS!
UMA NOVA TERRA

Os povoadores das zonas desérticas estenderam-se, e emigraram, para o norte, o sul e o este. No seu afã de procurar uma nova terra onde lançar raízes, por assim dizer, toparam com outras tribos que, desde épocas remotas, habitavam nas zonas tropicais do continente africano.
Ante a ausência de provas fidedignas para catalogar com exatidão os diferentes povos que se achavam disseminados por terras africanas, se avançaram hipóteses que afirmam que existiram tribos primitivas "paleo-negríticas" que praticavam a caça e conheciam técnicas rudimentares para trabalhar a terra; especialmente se esforçavam em conseguir que o terreno pobre e ermo de zonas extremas e montanhosas chegasse a ser fértil. Para isso contavam com o conhecimento do cultivo intensivo, mediante o qual conseguiam, além do total abastecimento de todos os tipos de produtos hortícolas, algo mais importante, a saber: a coesão social necessária para tornar possível o auge populacional e, além disso, o assentamento definitivo numa determinada zona; deste modo chegariam à formação de núcleos ou grupos sociais com uma densidade de quase cinqüenta habitantes por quilômetro quadrado.
Alguns destes grupos populacionais ocuparam a região norte do território africano, lugar próximo da ribeira oriental do Nilo; tal é o caso da tribo dos dogones, que se caracterizava porque entre os seus membros e a própria envolvente geográfica se estabeleceu um vínculo tribal difícil de quebrar.
Também o grupo dos bassari é outro dos denominados "povos nus" da África, os quais se encontravam espalhados por diferentes zonas. A sua antiguidade se remonta a perto de seis mil anos e terminaram assentando-se na Guiné. Na Costa de Marfim se estabeleceram os "lobis". Os "sombas" ocuparam a região de Togo. E as terras de Nigéria viram-se povoadas por tribos de "angus" e "fabis". Todos os grupos enumerados foram conformando as grandes zonas étnicas da África.

COSTUMES ANCESTRAIS

O longo caminho da hominização não foi, no entanto, tão linear como pode parecer à primeira vista. Muitos horrores, que o acesso das civilizações iria corrigindo, marcaram o tempo e o espaço históricos. Algumas das tribos que povoam os territórios do ocidente africano conservaram, até épocas muito recentes, costumes que têm muito pouco que ver com o programa social e político de outros grupos humanos.
A este respeito, o grande investigador Frazer, na sua qualificada obra A Rama Dourada, repete as seguintes palavras que um missionário deixou escritas -quando já o século XIX chegava ao seu fim- depois de conviver com algumas tribos do África negra: "Entre os costumes do país, um dos mais curiosos é indubitavelmente o de julgar e castigar o rei. Se ele mereceu o ódio do seu povo por exceder-se nos seus direitos, um dos seus conselheiros, sobre o qual recai a obrigação mais pesada, requer ao príncipe que vá dormir, o que significa simplesmente envenenar-se e morrer".
Ao parecer, no último momento, alguns monarcas não estavam dispostos a tirar-se a vida de um modo tão expeditivo, o qual era interpretado pelos súditos mais chegados como uma falta de coragem. Então, pedia-se a ajuda de um amigo que, no instante supremo, se encarregaria de dar-lhe um último empurrão, por assim dizer; o importante era que o povo não chegasse a conhecer a falta de coragem do seu soberano. Quanto ao método escolhido para levar a cabo tão abominável magnicídio, se louvava a sua predisposição e se agradecia o serviço prestado à sua tribo.