terça-feira, 28 de setembro de 2010

ciencias

pragas agricolas :Atualmente estão catalogadas inúmeras espécies de animais (maioria insetos) considerados "pragas" para o ser humano, pois atacam as lavouras ou acarretam doenças ao homem.

A vespa Cotesia flavipes é parasitóide da lagarta da broca da cana (Diatraea saccharalis). Sua eficiência no controle desta praga é comprovada cientificamente e aprovada pelos produtores e usinas, sendo o agente biológico mais utilizado no controle biológico na cana-de-açúcar.

A vespa Trichogramma é parasitóide dos ovos de várias espécies de mariposas. Sua eficiência de controle é elevada e atualmente é um dos parasitóides mais utilizados no mundo para o controle de pragas. Abaixo estão algumas das pragas agrícolas que após a realização de pesquisas científicas, comprovou-se a eficiência do controle biológico pela atuação da vespa Trichogramma spp.



pesticidas: Os pesticidas, “venenos da lavoura” ou “agrotóxicos”, são compostos utilizados na agricultura para combater plantas, insetos ou fungos indesejáveis (herbicidas, inseticidas e fungicidas, respectivamente) visando garantir maior produtividade. Nas áreas de cultivo de soja, cana-de-açúcar, algodão e milho na região do planalto que circunda a planície pantaneira, bem como nas áreas de arroz irrigado na própria planície (como no Pantanal do rio Miranda), o uso excessivo desses compostos está contaminando uma das mais importantes e ainda conservadas áreas úmidas do mundo, o Pantanal Mato-Grossense. Os princípios ativos desses compostos foram detectados no fundo dos rios (sedimento) em pesquisa realizada pela Embrapa Pantanal em conjunto com a UFMT, na ação de pesquisa “Monitoramento Limnológico¹ e Ecotoxicológico² da Bacia do Alto Paraguai (BAP)”, que faz parte do projeto “Respostas ecológicas de longo prazo a variações plurianuais das enchentes no Pantanal Mato-Grossense”, financiado pelo CNPq (Programa Ecológico de Longa Duração - PELD), para o período 2000-2009.

Nos últimos 40 anos, a intensa atividade agropecuária na região de planalto, em geral, não tem respeitado a legislação que obriga a manter conservadas as áreas de proteção permanente, como as matas ciliares (matas ao longo dos rios e córregos) e as áreas de nascentes, bem como as áreas de reserva legal. O mau uso do solo ainda inclui o uso de pesticidas e fertilizantes, sem adotar as chamadas “boas práticas agrícolas”, sendo utilizados em quantidades desnecessariamente maiores e em épocas diferentes das tecnicamente recomendadas. Além disso, dentro dessas “boas práticas agrícolas”, dever-se-ia implantar as curvas de nível (terraceamento), para minimizar o efeito de lavagem do solo pelas enxurradas. Assim, o carreamento de fertilizantes (nutrientes como nitrogênio total - NT e fósforo total - PT) e material em suspensão (partículas de solo) para os cursos d’água em níveis que alteram suas concentrações naturais, caracteriza a poluição dos mesmos, além da contaminação por pesticidas que são substâncias com diferentes níveis de toxicidade.
Trangenicos:O que são os transgênicos?

Os organismos geneticamente modificados (OGMs), ou transgênicos, são aqueles que tiveram genes estranhos, de qualquer outro ser vivo, inseridos em seu código genético. O processo consiste na transferência de um ou mais genes responsáveis por determinada característica num organismo para outro organismo ao qual se pretende incorporar esta característica.

Pode-se, com essa tecnologia, inserir genes de porcos em seres humanos, de vírus ou bactérias em milho e assim por diante.
Quase todos os países da Europa têm rejeitado os produtos transgênicos. Devido à pressão de grupos ambientalistas e da população, os governos europeus proibiram sua comercialização e seu cultivo (quase 80% dos europeus não querem consumir transgênicos).

As sementes transgênicas são patenteadas pelas empresas que as desenvolveram. Quando o agricultor compra essas sementes, ele assina um contrato que o proíbe de replantá-las no ano seguinte (prática de guardar sementes, tradicional da agricultura), comercializá-las, trocá-las ou passá-las adiante.

Os EUA, o Brasil e a Argentina concentram 80% da produção mundial de soja, na sua maioria exportada para a Europa e para o Japão. Estes mercados consumidores têm visto no Brasil a única opção para a compra de grãos não transgênicos.
São enormes as pressões que vêm sendo feitas sobre o governo brasileiro pelo lobby das indústrias e dos governos americano e argentino e sobre os agricultores brasileiros, através de intensa propaganda da indústria, para que os transgênicos sejam liberados e cultivados.
controle biologico : No que diz respeito às iniciativas políticas de redução no uso de agrotóxicos, atualmente, o exemplo cubano é o mais contundente. Desde 1982, Cuba tem-se voltado para o MIP, com ênfase no controle biológico. Em dencorrência do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos que impossibilita a compra de agrotóxicos e fertilizantes sintéticos, os agricultores cubanos aprenderam a substituir o uso de agrotóxicos por um programa maçico de controle biológico. O Programa cubano envolve cerca de 14 laboratórios regionais, 60 estações territoriais de defesa vegetal espalhadas pelo país, 27 postos de fronteira equipados com laboratórios de diagnósticos e 218 Unidades do Centro para Reprodução de Entomófagos e Entomopatógenos, responsáveis pelo controle biológico de 56% da área agrícola do país.Um dos aspectos importantes da estratégia cubana é a desencentralização da produção dos agentes de controle biológico, graças a técnicas simples e de baixo custo que foram desenvolvidas nas duas últimas décadas, possibilitando, simultaneamente, uma produção artesanal e de alto padrão de qualidade. Essa produção é feita pelos próprios filhos de agricultores associados às cooperativas que trabalham na elaboração de modernos produtos biotecnológicos em escala local.

No Brasil, embora o uso do controle biológico não seja uma prática generalizada entre os agricultores, há avanços significativos em alguns cultivos, devido aos esforços de órgãos estaduais de pesquisa e da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Um exemplo de sucesso é o controle da lagarta da soja ( Anticarsia gemmatallis) por meio do Baculovirus anticarsia. Essa prática foi lançada pelo Centro Nacional de Pesquisa da Soja em 1983 e, desde então, o produto foi utilizado em mais de dez milhões de hectares, proporcionando ao país uma economia estimada em cem milhões de dólares em agrotóxicos, sem considerar os benefícios ambientais resultantes da não-aplicação de mais de onze milhões de litros desses produtos.
perigos do cotrole biologicos :Nos últimos anos, especialmente após a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92), a humanidade tem-se mostrado preocupada, de forma crescente, com os problemas de conservação da qualidade do meio ambiente provocados por uma ampla gama de atividades humanas, incluindo os relacionados à exploração agropecuária. Essa preocupação tem resultado na busca pelo setor agropecuário de tecnologias para a implantação de sistemas de produção de enfoque ecológico, rentáveis e socialmente justos. Como resposta a essa demanda, a pesquisa científica tem avançado no desenvolvimento de soluções tecnológicas para uma agricultura sustentável.

Figura 1. Cadeia alimentar: couve – insetos
fitófagos-praga (vaquinhas, lagartas e
pulgões) – inimigos naturais (parasitóides
e predadores)

A agricultura sustentável, produtiva e ambientalmente equilibrada, apóia-se em práticas agropecuárias que promova a agrobiodiversidade e os processos biológicos naturais, baseando-se no baixo uso de insumos externos. Infere-se daí que o controle biológico é uma alternativa promissora para o manejo de pragas em sistemas agrícolas sustentáveis, visto constituir-se num processo natural de regulação do número de indivíduos da população da praga por ação dos agentes de mortalidade biótica (Figura 1), os quais são também denominados de inimigos naturais ou agentes de controle biológico.

O homem através dos tempos, descobriu como manipular ou manejar esses inimigos naturais para uso na agricultura, daí surgindo o Controle Biológico Aplicado como uma biotecnologia baseada na utilização recursos genéticos microbianos, insetos predadores e parasitóides para o controle de pragas, especialmente os insetos e ácaros fitófagos, nos sistemas de produção agrícola.

No século III, os chineses se valeram da predação de formigas (Oecophylla smaragdina) para o controle de pragas de citros, marcando o início da história do uso do controle biológico de pragas agrícolas. Todavia, somente no século XX é que o controle biológico passou a ser objeto de pesquisas constantes para sua implantação de forma mais presente e intensiva nos ecossistemas agrícolas.
manejo e controle das pragas :O quê fazer para controlar / eliminar efetivamente as indesejáveis e prejudiciais pragas de “naiades” que de improviso surgem em açudes e viveiros piscicultores, infestando ditos espaços e impregnando visível e severamente as guelras e corpo dos peixes neles cultivados??? ...

Nestes últimos anos, temos assistido a um alarmante aumento na incidência desta situação (Agudo, 2005). A pergunta inicialmente ventilada vem sendo “insistentemente” formulada a nós por pessoas de diversos setores do âmbito nacional, resultando cada vez mais freqüente dita consulta em nosso meio.

Dita situação evidencia, entre outras, uma das múltiplas conseqüências relacionadas às “ações antrópicas” que vem sendo exercidas – muitas vezes em forma descontrolada e sem a devida atenção ao entorno ambiental – nas nossas bacias hidrográficas interioranas , visivelmente refletida neste caso na “inesperada ocorrência” infestante nos empreendimentos piscicultores de larvas parasíticas (Souza & Eiras, 2002; Agudo, 2005), frequentemente do tipo “Lasidium”, produzidas pela ocorrência geralmente “clandestina e indesejada” de bivalves límnicos ou de água doce, principalmente da espécie Anodontites trapesialis (Lamarck, 1819), destacado representante da Família MYCETOPODIDAE e Ordem UNIONOIDA, um dos nossos maiores bivalves límnicos nativos, popularmente conhecidos em geral como “Naiades” (Agudo, 2005), toda vez que as larvas "ectoparasíticas" de bivalves naiades, tanto “Lasidium” (Família MYCETOPODIDAE) como “Gloquidium” (Família HYRIIDAE), são “parasitos temporários” de peixes (hospedeiros temporários), apenas uma estratégia destes moluscos para sua sobrevivência e dispersão no meio ambiente natural, se tornando praga quando geradas em ambientes “fechados” (açudes, tanques, criatórios piscicultores, etc.).

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